Lembro-me vagamente, da arvore.
No meu caminhar, vê-la novamente, agora sem folhas, se movendo calmamente ao vento,
fez minha memoria se perder, voltando onde já não pisava a eras, como que à outra vida, muito ja distante.
Entender que certas memorias, hoje repudiadas, como que trancafiadas dentro de si ainda permanecem, parece-me injusto. Eu fizera bom esforço para apaga-las, como se pintasse novamente, dia a dia, os muros internos de minha mente e coração, com novas tonalidades.
Quando tudo já era nada, e o futuro já era passado, me dei conta de que tristemente repintava estes meus muros internos, não com tintas, mas com próprio sangue e lagrimas.
Talvez sejam as lagrimas o motivo, uma razão para que o passado pareça como filme distorcido, ou uma pintura borrada. Talvez molhando eu as tenha borrado, e as salgado o suficiente para que perdessem a doçura, que possuíam naturalmente.
Hoje já não sou o mesmo. A arvore, hoje possui outro aspecto. Parece sóbria um pouco triste, sem folhas, distante, e reflexivamente serena.
Aquela arvore, com sua postura poética, outrora majestosa, fora objeto de nossa mútua admiração. E quando pensei que lhe havia apagado por completo de mim, ao revê-la estranhamente pude sentir vividamente o perfume, seu sons, e sua vivacidade delicada.
O que eu pensara haver esquecido por completo, apenas descubro eu, ter descreditado ao longo do tempo,
como tendo sido ainda nesta mesma vida.
Luis Guilherme P. Fernandes
No meu caminhar, vê-la novamente, agora sem folhas, se movendo calmamente ao vento,
fez minha memoria se perder, voltando onde já não pisava a eras, como que à outra vida, muito ja distante.
Entender que certas memorias, hoje repudiadas, como que trancafiadas dentro de si ainda permanecem, parece-me injusto. Eu fizera bom esforço para apaga-las, como se pintasse novamente, dia a dia, os muros internos de minha mente e coração, com novas tonalidades.
Quando tudo já era nada, e o futuro já era passado, me dei conta de que tristemente repintava estes meus muros internos, não com tintas, mas com próprio sangue e lagrimas.
Talvez sejam as lagrimas o motivo, uma razão para que o passado pareça como filme distorcido, ou uma pintura borrada. Talvez molhando eu as tenha borrado, e as salgado o suficiente para que perdessem a doçura, que possuíam naturalmente.
Hoje já não sou o mesmo. A arvore, hoje possui outro aspecto. Parece sóbria um pouco triste, sem folhas, distante, e reflexivamente serena.
Aquela arvore, com sua postura poética, outrora majestosa, fora objeto de nossa mútua admiração. E quando pensei que lhe havia apagado por completo de mim, ao revê-la estranhamente pude sentir vividamente o perfume, seu sons, e sua vivacidade delicada.
O que eu pensara haver esquecido por completo, apenas descubro eu, ter descreditado ao longo do tempo,
como tendo sido ainda nesta mesma vida.
Luis Guilherme P. Fernandes